segunda-feira, 23 de março de 2009

Começo de semana: muitas aprendizagens

Mais uma semana começa, as crianças chegam animadas, prontas para a segunda-feira. Hoje teve acolhida no pátio da Escola Infantil. Elas oraram e cantaram músicas, exaltando a Deus. Uma criança chorou logo depois que a mãe foi embora, penso que ainda não se adaptou a turma, fiquei na sala para consolá-la e ficou tranqüila.
As crianças voltaram para sala e a professora pediu para que sentassem no tapete, lá conversaram sobre o que fizeram no fim de semana e contaram histórias. Elas gostaram muito desse momento no tapete, pois relaxaram e se prepararam para as atividades. A atividade de hoje foi a movimentação do nome, era perceptível o desenvolvimento de uma e de outra criança. Uma criança, da qual ressalto agora, tem muitas dificuldades, não se concentra, não demonstra interesse nas atividades.
As crianças lancharam. Depois do lanche, as crianças foram ao tapete brincar. Uns pegaram livros, outros, carrinhos ou então os de montar, havia também as meninas que brincavam de mãe e filha. Para Vygotsky, “a situação imaginária da brincadeira decorre da ação da criança. Ou seja, a tentativa da criança de reproduzir as ações do adulto em condições diferentes daquelas em que elas ocorrem na realidade é que dá origem a uma situação imaginária”.
Permaneceram no tapete, a professora pegou o som e colocou cantigas de roda, elas se divertiram muito, dançaram e cantaram.
Na quarta-feira, quando cheguei a sala, as crianças estavam fazendo uma seriação com 3 elementos, a figura representada era de um peixe. A professora foi acompanhando as crianças, observando se estava certo ou errado. Uma criança, da qual relatei antes não teve interesse pela atividade, até foi mediada, mas não conseguiu. Decidiu-se, então, que deixaria assim para mostrar ao responsável, pois iria compreender, porque além de ser novata, teve problemas de saúde anteriores, e isso repercutiu em seu processo de aprendizagem.
Depois da atividade, a professora contou a história “O quarto de Lucas”, mas antes fez algumas perguntas: “será que o quarto de Lucas é arrumado?”, “Ou é bagunçado?”. Contou a história. As crianças prestaram muita atenção e no decorrer do livro descobriram como era o quarto de Lucas. No final da história, ela falou que a sala que estuda e as suas casas tem que serem limpas, não parecida com o quarto do menino Lucas, para ajudar as pessoas que trabalham na casa.
Surpreendi-me ao ver que no final do lanche a sala estava praticamente limpa, elas ouviram e seguiram os conselhos da professora mesmo.
A outra atividade foi de desenhar como era o quarto de Lucas. Depois, a professora foi chamando criança por criança, para dar a devida atenção, para falar o que tinha desenhado.
Após o desenho e a explicação do mesmo, as crianças foram para a sala de música assistir o filme de José, o pai de Jesus. Enquanto estavam lá, eu guardava as garrafinhas de água nas lancheiras. Depois foi só esperar a chegada do pais.
Esta semana as crianças fizeram muitas atividades, penso que agora, depois da semana de adaptação é a hora de trabalhar pra valer e explorar este universo de possibilidades que as crianças podem desenvolver. Esse é o começo de uma linda relação entre professor e aluno.

quinta-feira, 12 de março de 2009

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Mulher...
Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...
Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...
Para você,
Mulher tão especial...
Feliz Dia Internacional da Mulher!

Depois do Carnaval: volta às aulas pra valer

Acabou o carnaval. As aulas iniciaram de verdade. Ao chegar na Escola Infantil havia muitas crianças chorando. Na turma em que eu dou estágio apenas uma criança chorou. A turma estava animada, todos conversavam bastante, brincavam de massinha, riam enquanto a professora conversava com os pais. Segundo Carlos Alberto Veit “por mais que algumas crianças, em um primeiro momento, possam não gostar da idéia de estudar, vão acabar percebendo que a educação foi é e continuará sendo um presente da vida, um privilégio a ser bem aproveitado.”
A primeira atividade foi desenhar o que eles tinham feito e o que vestiram no carnaval e depois mostrariam a professora.
Outra atividade que fizeram foi também sobre o carnaval. A professora entregou as letrinhas, e com o auxílio da mesma, as crianças desembaralhavam e encontravam a palavra CARNAVAL. Colaram a palavra na folha. Embaixo com a caneta, as crianças escreveram as letras correspondentes à palavra acima (CARNAVAL). Algumas crianças tiveram dificuldades para escrever tentei ajudar uma que estava demorando mais, disse para fazer do jeito dela. Soube que a dificuldade dela era devido ser novata, e talvez na outra escola não tenha sido trabalhada numa atividade parecida, mas com certeza ela melhorará.
Na quarta-feira, duas crianças choraram um pouco. As duas crianças e eu ficamos lá fora até se acalmarem. Para distraí-las, levei ao parque e ficou tudo bem, e é muito difícil dizer que o pai ou a mãe vai voltar, elas não querem entender, somente com o tempo virá a compreensão. Ao chegar na sala, a professora estava entregando a atividade.
Nesta atividade o objetivo era de identificar as letras que compõem o seu nome. Uma folhinha cheia de peixinhos e dentro deles as letrinhas. A professora colocou em cada folha o nome das respectivas crianças, mas mesmo assim algumas crianças pintaram até os peixinhos que não tinham a letra do seu nome, e fui tentando desmanchar o que estava errado.
Também tivemos aniversário na sala. As crianças se divertiram bastante.
Portanto, em mais uma semana de aprendizagem (tanto das crianças quanto da minha) vimos a importância da contextualização para que o processo de ensino ocorra de maneira significativa. Segundo Hernandez, apresentar dados da cultura que nos rodeia, tem a função de aprender a interpretá-los a partir de diferentes pontos de vista e favorecer a tomada de consciência dos alunos sobre si mesmo e sobre o mundo.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Um novo olhar para a Educação

Meu nome é Eurilene Gomes Tinoco, tenho 16 anos. Fiz a prova do Normal Médio. Passei. Fiz a matrícula, mas não sabia ao certo como seria o curso. As pessoas me diziam que seria difícil por causa dos estágios e que sairia de lá formada.
O início das aulas chegou e eu ainda não entendia o propósito do curso. Porém a medida que eu conhecia os professores percebia que era a formação de professores, mas não me senti nem um pouco arrependida deda minha decisão ao entrar para o CENSA, pois no decorrer deste tempo adquiri muita experiência, aprendi bastante e fiz grandes amizades.
No primeiro ano minhas expectativas eram de descobrir a profissão que eu realmente queria, ser feliz no que eu fosse fazer, procurar minha personalidade, minha essência.
Os desafios que tive foram muitos, como conciliar os estágios com os estudos, aceitar os meus fracassos e até mesmo cuidar de crianças, pois tinha pouquíssima experiência e não pensei que iria fazer tanta falta, mas no final tudo dava certo.
Os meus sonhos são ajudar a minha família financeiramente, pagar a faculdade das minhas irmãs e estabilizar na minha vida profissional.
Os estágios sempre foram cruciais e no curso Formação de Professores não é diferente. A falta deles compromete o bom desempenho do profissional. Na prática educativa eu observei como é aplicada a teoria. E é muito interessante o processo de construção do conhecimento, a interação dos alunos, a atenção da professora. Também dei assistência à professora quando precisava. A prática educativa me deu um novo olhar para a escola, os alunos e os professores.
As transformações desde o primeiro ano foram muitas como falar em público um pouco melhor, ter um contato com as crianças, criar um laço afetivo com elas, organizar meu tempo, trabalhar nos meus projetos com mais empenho e demonstro mais interesse pelos estudos.
Foram experiências enriquecedoras e contínuas que me fez entender a importância do papel do professor e da práxis pedagógica.