Relato dos dias 15 e 17 de junho
Quando cheguei à sala todos estavam em silêncio. Era teste de ciências. Eu estava com medo de atrapalhá-los em sua concentração. O assunto era solo, a professora explicava com cuidado para que todos entendessem e resolvessem as questões.
Depois a professora fez junto dos alunos uma folha de Língua Portuguesa sobre pronomes, as crianças substituíram corretamente as palavras destacadas na atividade.
Tiveram intervalo, fizeram algumas atividades e foram para a Educação Física dessa vez ensaiaram a coreografia da dança da Festa Junina que acontece no dia 19 de junho, sexta-feira desta mesma semana.
Na quarta-feira cheguei com ainda mais cuidado para não distraí-los, pois teve teste de História e Geografia. Após o teste fizeram a autocorreção de outra folha de Língua Portuguesa que tinha como conteúdo os pronomes. Tiveram intervalo.
Após o intervalo, tiveram aula de matemática, com a utilização do livro de onde fizeram alguns exercícios de multiplicação e divisão.

Relato dos dias 08 e 10 de junho
Esta semana estava um pouco ansiosa, estagiei numa nova turma. Devido a algumas experiências adquiridas em outras turmas de Ensino Fundamental me senti um pouco mais segura para conhecer os alunos da 2ª série (3º ano).
Cheguei à sala e as crianças estavam na aula de inglês, a professora explicava uma atividade avaliada. Logo após o teste pude falar mais com as crianças. Elas me perguntaram se eu era a estagiária nova, se iria substituir alguém...
Tivemos essa conversa breve, pois a professora havia chegado e as crianças teriam outra atividade avaliada, mas esta era de produção de texto, portanto muita concentração. A atividade durou o horário inteiro, depois eles foram para o intervalo.
Na volta do intervalo, as crianças copiaram as questões de matemática do quadro para resolver depois. Após copiarem foram para Educação Física, estavam ansiosos para que chegasse esta hora.
Na quarta-feira as crianças usaram livro de matemática e fizeram alguns exercícios de divisão, a turma era ótima, respondia corretamente, questionava tentava interagir de todas as formas.
Depois do intervalo, as crianças utilizaram o caderno de história e geografia para copiar e responder algumas questões sobre a Lagoa Feia, sua história e se está sendo respeitada quanto a sua preservação. Segundo Hernandez (1999), “apresentar dados da cultura que nos rodeia tem a função de aprender a interpretá-los a partir de diferentes pontos de vista e favorecer a tomada de consciência dos alunos sobre si mesmo e com o mundo”.
Esta semana foi muito boa conheci novas crianças, com a presença de quem eu já conheço e gosto muito de estar perto... Quero agradecer a tia Dayse de estar disposta a me ajudar nessa caminhada.

Relato dos dias 01 e 03 de junho
Nossa segunda-feira aconteceu tranquilamente. Tivemos a acolhida no pátio da Escola Infantil e ao voltarmos à sala, a professora reuniu-se aos alunos no tapete e conversou sobre o mês de junho, mês em que se homenageia São João, São Pedro e Santo Antônio e por isso faz-se a festa junina.
As crianças foram para as suas cadeiras e a professora começou a enfeitar a sala com bandeirinhas coloridas.
Enquanto isso, a professora analisou os conhecimentos prévios das crianças sobre a letra T, e espontaneamente ou junto das crianças ia escrevendo as palavras no quadro. Algumas palavras foram: TIA, TATU, TUBARÃO, TETO e TIGELA.
Após essa análise, a professora distribuiu as folhas para as crianças e então elas fizeram a movimentação da letra T com cola colorida e caneta hidrocor.
Depois da atividade as crianças lancharam. Acabando o lanche, elas brincaram com pecinhas de montar. Elas gostam muito desse brinquedo, muitas vezes até discutem entre si, mas sempre intervimos para que não fiquem tristes e aprendam a dividir.
Na quarta-feira, soubemos que provavelmente as crianças ensaiariam para a festa junina. Enquanto estavam na expectativa, elas ficaram na sala sentadas nas cadeirinhas. Lancharam e depois foram para o tapete. Lá fora, no pátio da Escola Infantil, algumas crianças, penso que sejam do 3º período estavam se preparando para dançar.
Este dia foi particularmente especial para mim seria meu último dia de estágio no 1º período, elas foram muito importantes conheci crianças maravilhosas, a professora, sua forma carinhosa e simultaneamente firme de educar contribuíram para o meu crescimento.

Os Sete Saberes Necessários À Educação Do Futuro (Edgar Morin)

Edgar Morin devido à sua excepcional visão integradora da totalidade, pensou os saberes na perspectiva da complexidade contemporânea, explorando novos ângulos, muitos dos quais ignorados pela pedagogia atual , para servirem de eixos norteadores à educação do próximo milênio Os saberes propostos por Morin que, como ele mesmo afirma, antecede qualquer guia ou compêndio do ensino, inserem-se na idéia de uma identidade terrena onde o destino de cada pessoa joga-se e decide-se em escala internacional, cabendo à educação a missão ética de buscar e trabalhar uma solidariedade renovadora que seja capaz de dar novo alento à luta por um desenvolvimento humano sustentável.

Morin considera que há sete saberes fundamentais com os quais toda cultura e toda sociedade deveriam trabalhar, segundo suas especificidades. Esses saberes são respectivamente as Cegueiras Paradigmáticas, o Conhecimento Pertinente, o Ensino da Condição Humana, o Ensino das Incertezas, a Identidade Terrena, o Ensino da Compreensão Humana e a Ética do Gênero Humano.

Esses saberes são indispensáveis frente à racionalidade dos paradigmas dominantes que deixam de lado questões importantes para uma visão abrangente da realidade. Para Morin, é impressionante como a educação, que visa transmitir conhecimentos, seja cega em relação ao conhecimento humano. Ao invés de promover o conhecimento para a compreensão da totalidade, fragmenta-o, impedindo que o todo e as partes se comuniquem numa visão de conjunto. Por outro lado, como diz Morin, o destino planetário do gênero humano é ignorado pela educação. A educação precisa ao mesmo tempo trabalhar a unidade da espécie humana de forma integrada com a idéia de diversidade. O princípio da unidade/diversidade deve estar presente em todas as esferas. Para tanto, torna-se necessário educar para os obstáculos à compreensão humana, combatendo o egocentrismo, o etnocentrismo e o sociocentrismo, que procuram colocar em posição secundária aspectos importantes para a vida das pessoas e das sociedades.